Queridos amigos e benfeitores da Toca de Assis, acabamos de adentrar nesse novo ano de 2020 com muitos anseios e projetos, que com certeza cada um apresentou a Deus para que Ele os abençoando nos ajudasse a se concretizar. Mas quem de nós, se apresentou diante de Deus para ser um instrumento do Seu amor na vida daqueles que Ele próprio coloca ao nosso redor? Não percamos oportunidade de sermos mais felizes tal como Deus espera que sejamos! E uma dica prática nós encontramos no modo de vida de Jesus, atestado no livro dos Atos dos Apóstolos, “Ele passou pelo mundo fazendo o bem” (Atos 10,38). Seja esse também um dos nossos compromissos assumidos neste início de ano, “passar pelo mundo fazendo o bem…”.

 E fazer bem a quem? A todos aqueles que passarem na nossa vida, aqueles que cruzarem conosco o seu olhar… sobretudo aqueles que não poderão nos retribuir pelo bem que podemos oferecer (cf. Lc 14,13). Visto que também nós, temos necessidade de ir ao encontro do outro, daqueles que precisam da nossa ajuda, do nosso olhar de amor, da nossa participação no seu sofrimento, nas suas ansiedades e nos seus problemas. Mas o mais importante não é fitá-los de longe, ajudá-los à distância. Não, não! É ir ao seu encontro. Isto é cristão! É isto que Jesus ensina: ir ao encontro dos mais necessitados. Como Jesus, que ia sempre ao encontro das pessoas. 

Às vezes, pergunto a alguém: «Tu dás esmola?». Respondem-me: «Sim, padre». «E quando dás esmola, fitas os olhos da pessoa à qual a dás? «Ah, não sei, não me dou conta». «Então, tu não a encontraste. Tu lançaste a esmola e foste embora. Quando dás esmola, tocas a mão da pessoa ou lanças a moeda»? «Não, lanço a moeda». «Então, tu não a tocaste. E se não a tocaste, também não a encontraste».

Jesus ensina-nos, antes de tudo, a encontrar-nos e, encontrando, a ajudar. Devemos saber encontrar-nos. Temos que edificar, construir uma cultura do encontro. Quantas divergências, problemas em família… Problemáticas no bairro, no trabalho, em toda a parte. E as divergências não ajudam. A cultura do encontro.

Saiamos para nos encontrarmos. «Encontrar-nos com os mais necessitados», ou seja, com aqueles que têm mais carências do que eu. Com aqueles que passam por maus bocados, piores do que os meus. Há sempre alguém que está pior, não? Sempre! Há sempre alguém. Então, eu penso: «Estou a passar por um momento negativo, encontro-me com Jesus, e depois saio para ir ao encontro do próximo, porque há sempre alguém que está pior do que eu». É com estas pessoas, é com elas que devemos encontrar-nos.

Quando te encontrares com quem tem maior carência, o teu coração começará a aumentar, a crescer, a dilatar-se! Pois o encontro multiplica a capacidade de amar. O encontro com o próximo dilata o coração. Ânimo!

(Trecho adaptado de uma videomensagem do Papa Francisco aos fiéis argentinos na memória litúrgica de São Caetano de Thiene em 07/08/2013).

Se você sente em seu coração a necessidade de ir ao encontro dos pobres mas não sabe como começar, procure uma de nossas Casas Fraternas espalhadas pelo Brasil e participe de uma Pastoral de Rua com a gente! 

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