A espiritualidade das FPSS fundamenta-se no Sacrifício Eucarístico e na adoração ao Santíssimo Sacramento, que é apenas o prolongamento visível da celebração eucarística, a qual, em si mesma, é o maior ato de adoração da Igreja (SC 66).
A espiritualidade eucarística das FPSS está profundamente relacionada com a espiritualidade franciscana, de onde procedem nossos patronos primários, São Francisco e Santa Clara de Assis. Eles foram profundamente tocados pelo mistério de um Deus que se fez tão pequeno e pobre, pelo contraste entre a grandeza e a pequenez de Deus na Encarnação, Paixão, Morte na Cruz e Eucaristia.
A Pobreza Eucarística de Jesus condensa Sua pobreza na Encarnação e na Cruz. Ao olhar para a presença de Jesus na Eucaristia, nós, Filhas da Pobreza do Santíssimo Sacramento, contemplamos a Pobreza – Kênosis do Filho de Deus no altar, Deus que desce no mais profundo despojamento por amor, e nos convida a trilhar o mesmo caminho.
Além da participação diária na Santa Missa, que é o centro de toda a vida cristã e fundamento de nossa espiritualidade, vivenciamos diariamente uma hora de adoração individual e uma hora de adoração comunitária, chamada “Adoração Fraterna”. Nas quintas e sextas-feiras, realizamos a “Vigília da Paixão do Senhor”. Também dedicamos tempo à Lectio Divina diária. Rezamos em comunidade a Liturgia das Horas: Laudes, Vésperas e Completas, além do Santo Terço.
A vida fraterna das FPSS é o lugar privilegiado para vivenciarmos a grande generosidade de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2Cor 8,9) no Santíssimo Sacramento, que, no mistério do Seu Corpo e Sangue, Se dá em comunhão a toda criatura humana
"A Igreja pede que dediquemos tempo aos pobres, prestemos a eles amável atenção, escutemo-los com interesse, acompanhemo-los nos momentos difíceis, escolhendo-os para compartilhar horas, semanas ou anos de nossa vida, e procurando, a partir deles, a transformação de sua situação" (Documento de Aparecida, 397).
O aspecto que sobressai no apostolado litúrgico é o de promover a plena participação na Santa Missa e o seu prolongamento através da adoração, primeiramente testemunhando a centralidade do Mistério Eucarístico na própria vida e na vida da comunidade, e buscando encarnar, em toda a nossa existência, a lógica da Eucaristia.
