Aqui em Quito primeiro chegaram os irmãos da Toca de Assis e antes de conhecê-los já participava da igreja e tentava ajudar as pessoas com o que eu podia, e quando em 2007 a Toca de Assis chegou em Quito, primeiro me impressionou o amor aos pobres, como os tratava, a forma especial, não somente de alguém que ajuda outra pessoa, mas de quem ama. Essa forma de amar os pobres e buscar atender suas necessidades estava sempre em primeiro plano, antes mesmo das suas próprias necessidades. Pouco a pouco fui me aproximando desse carisma e até mesmo fui mudando minhas atitudes e também minha família, fomos mudando nosso olhar, que antes os julgávamos, hoje os amamos.
Eu acompanhei todo o início de abertura das duas casas, dos irmãos e das irmãs. No dia 13 de Maio de 2008, as
Fiquei uns quatro meses, um pouco afastada da Toca por motivos familiares, mas meu coração ansiava por regressar o quanto antes, e foi quando uma das irmãs me telefonou, esse momento foi de grande alegria, pois me informava que dia 11 de setembro de 2009 iriam se mudar para a Igreja Santa Bárbara, no centro de Quito, pois iriam cuidar da Igreja e servir aos pobres também nesse espaço e me convidava a iniciar como uma voluntária, ajudando no atendimento aos irmãos que estavam em situação de rua.
A partir dessa data, iniciou o carisma aqui na cidade de Quito vivenciado pelas irmãs, e graças a Deus voltei a servir como voluntária, e me sinto muito acolhida nesse carisma à serviço dos irmãos em situação de rua que tanto amo, e tanto voluntários como os irmãos de rua, nos sentimos família, somos muito acolhidos.
Tenho muitas experiências e recordações maravilhosas, que ao longo desse tempo tenho vivenciado com as Irmãs, muitas delas gravadas não somente no coração, mas também no mais profundo da minha alma, pois experimentei o amor de Deus, sua vontade, sua palavra dirigida a mim através de cada uma das irmãs, que são esse canal, onde Deus chega na minha vida.
Uma das coisas que aprendi e trago comigo é que quando estamos servindo, não são as irmãs que servimos, ou por elas que devemos trabalhar, senão por amor a Deus, ao carisma, não deve ser outra coisa nossa motivação, senão a sublimidade do amor a Deus através do serviço aos pobres.
Aprendi a encontrar a Deus nos que sofrem que passam necessidade, nos que se encontram em situação de rua. No pobre aprendi através do carisma a enxergar o rosto de Cristo sofredor, e é com Cristo que me encontro em cada pastoral, seja na casa das irmãs, ou quando saímos à noite pelas ruas, ou quando no dia a dia me encontro com um deles, é o encontro com Cristo.
Muito mais poderia dizer da minha vivência com o carisma da Toca de Assis, mas o que em meu coração fica mais forte, é que são mensageiros do amor de Deus.
Charito- Rosário Egas