Irmãos e Irmãs em Cristo, paz e bem!
A fé é uma das três virtudes teologais, e é um dom que nos é dado pelo próprio Deus, para que creiamos Nele e no seu amor: Sim! Crer em Deus é o maior bem que o homem pode possuir nesta vida, seguido pela adesão a esta fé que impele o homem a praticar de todo o coração a sua vontade, cheio de esperança no amor a Deus e aos semelhantes. Este dom confere ao homem a capacidade de acreditar que para “Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1, 37). Consequentemente esta certeza faz do homem um ser seguro, apaixonado pela vida, desejoso de dar sentido a todas as suas experiências, boas e ruins. O homem sem fé é um homem sem perspectivas, sem alegria, sem esperança.
O Senhor vem nos fazer este convite muito pessoal: viver de fé! Sim! Somos convidados a assumirmos este dom que já foi semeado em nosso coração no dia do nosso batismo como uma semente em potência que deverá crescer com cada experiência de nosso dia a dia vivido na fé. Podemos imaginar quantas pessoas são sinais de fé para nós no contexto bíblico: Isabel e Zacarias, que mesmo duvidando das promessas de Deus que conceberiam um filho na velhice, faziam parte da comunidade dos pobres de Deus que aguardavam na fé a vinda do Messias; São José, “homem de bem” (MI 1, 19); Ana, “que não se apartava do Templo, servindo a Deus noite e dia, em jejuns e orações, louvando a Deus e falando de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação” (Lc 2, 36-38) e Simeão “homem justo e piedoso que esperava a consolação de Israel” (Lc 2, 25); mas, sobretudo, queremos evocar a Virgem Maria como a pessoa que viveu de fé.
De fato, depois do anúncio do anjo que lhe disse que conceberia do Espírito Santo um Filho e de sua resposta de fé: “Faça-se em mim segundo tua palavra” (Lc 1, 38), indo em visita a sua prima, esta lhe dirá: “Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte de Senhor te foram ditas!” (Lc 1, 45).
Com certeza, na época da Virgem Maria, como hoje as pessoas corriam o risco de acreditarem e depositarem sua fé em coisas passageiras e vãs: o poder, o dinheiro, o sucesso. Temos facilidade e até somos levados a acreditar em noticiários, famosos, ciências, tecnologias… No entanto, a fé em Deus é que deveria balizar a nossa adesão e submissão a estas realidades, que em si mesmas, não são ruins, desde que submetidas, ordenadas e assumidas como meio e não como fim, já que por si mesmas não podem e não poderão jamais corresponder aos anseios do coração humano. A fé sim vai ao en-contro das necessidades essenciais do homem.
Assuma a experiência real e prática de “viver de fé!”
Deus nos abençoe! Ir. Ana Paula, fpss.